terça-feira, 30 de março de 2010

Jogo de Beneficiência - Andebol Veteranos Lacobrigense x RAF

O Andebol Clube Lacobrigense convidou a RAF para um jogo de Veteranos, que se irá realizar no dia 3 da Abril (sábado) pelas 18h no Pavilhão da Escola Júlio Dantas em Lagos.
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Este será um jogo de beneficiência para um atleta juvenil do Clube "Lacobrigense" que sofreu um grave acidente ficando paraplégico.

segunda-feira, 29 de março de 2010

(para ver clique no play)

Domingo, 28 de Março de 2010

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domingo, 28 de março de 2010

RAF - AC Lacobrigense

Equipa de Andebol Juvenil da RAF
( clique nas imagens para ampliar)

O jogo RAF - AC Lacobrigense realizou-se esta manhã acabando com o resultado final de 21-49.

(imagens obtidas durante o jogo de hoje por Inês).

RAF e o futuro

Após um mês em que foi criado este espaço, onde nos fomos encontrando, recordando velhos amigos e boas recordações, onde também foram feitas algumas análises o que poderia ser a RAF no presente, olhando para o futuro, ainda será um pouco cedo para tirar algumas conclusões acerca do êxito desta iniciativa.
Pode-se constatar que recebemos cerca de meio milhar de visitantes, foram escritos meia centena de artigos, os quais receberam meia duzia de comentários. Embora na rua tenhamos recebido algum apoio, as pessoas que nos contactaram mostraram o seu agrado por esta iniciativa, e fomos incentivados para continuar. É sempre agradável receber estas palavras, mas sinceramente esperávamos algo mais, ou seja, muitos passaram por aqui, mas poucos tiveram a ousadia de entrar, de deixar meia dúzia de palavras, de deixar o seu pensamento. E é aqui que nos custa a compreender, será que não estão suficientemente motivados, será que ainda não estão identificados com este tipo de comunicação? Nós temos a certeza que estão por aí, que sentem a RAF, que existe muito pessoal com qualidade, agora só falta saltar para o teclado e escrever.
Não me levem a mal, mas gostava de fazer uma pequena provocação a alguns RAFeiros, tais como o Cabanita, por favor não sejas "quadrado", o Carlos Figueiras, que saudades do comando do "Sargento Salcedas", o Cachola e o seu dinamismo, o Marinho com a sua boa disposição, o Baeta e Gião com as suas bocas, o Luis "Mosca", o Alberto Carlos, os Tó-Zés, Mateus, Sousa, Calçanito, o Fanan e Manel Balela, o Cartaxão, Chumbadinho, o Amália, que embora atravesse o momento extremamente dificil, aproveito para lhe dizer que sentimos o teu problema e que podes sempre contar connosco sempre que precisares, o Toyca, o melhor seccionista da RAF, e que me desculpem todos os outros e que ainda serão muitos. Acreditem que com o apoio de todos e qualquer tipo de coloboração, pouco que seja, a RAF, pode voltar e "deve" fazer qualquer coisa de bom por esta cidade que nos viu nascer e fez de todos nós o que somos hoje, e que tanto gostamos. Isto parece um pouco lirico, mas é o que sinto, e Faro, assim como os nossos filhos e netos, MERECEM.
Queremos acrescentar, que neste curto espaço de tempo já nos reunimos com a Junta de Freguesia da Sé, que nos recebeu com muito agrado, disponibilizando os meios ao seu alcance para nos ajudar.
Dias depois estivemos também reunidos na Câmara de Faro, com o Sr. Paulo Santos, vereador da CMF e o Prof. Ferin, responsável pela Divisão de Desporto, também aqui, fomos extremamente bem recebidos, tendo-se falado na hipótese da Câmara disponibilizar o parque desportivo da Penha, que se encontra abandonado e degradado. A viabilidade deste projecto estaria dependente da realização de um protocolo entre a Câmara e a RAF, comprometendo-se esta a apresentar um projecto que revitalizasse aquele espaço em termos desportivos, culturais e sociais.
Deve-se referir que qualquer destas entidades, reconhece a história da RAF e a importância que teve em Faro em determinada altura, e acreditam que a RAF merece o seu crédito para concretizar estes objectivos.
RAFeiros, acreditem que é gratificante, depois de tantos anos, ser reconhecido o trabalho desenvolvido pela RAF, e continuarem a acreditar que a RAF é capaz de voltar a fazer qualquer coisa de positivo em Faro. Nós também podemos e devemos acreditar.
(João)

sábado, 27 de março de 2010

Lugar aos novos...

... hoje apresentamos um dos novos Rafeiros. Trata-se do Rui Santos, membro dos Orgão Sociais da RAF e da sua Equipa Técnica.
- Quem é o Rui Santos?
R: Rui Santos é um ex praticante dos Jograis António Aleixo de Estoi e amante de Andebol.
Tenho 42 anos de idade , sou casado, tenho dois filhos (um deles é jogador (Juvenil) da RAF e o outro é Oficial de Mesa da RAF) e moro em Estoi.

- Sabemos que faz parte da equipa de técnicos da RAF, como é que isso aconteceu?
R: A RAF aparece na minha vida , na sequência dos contactos feitos pelo Presidente da Associação de Andebol do Algarve (Sr. João Estrela) por já me ter treinado em tempos e saber que até essa altura eu ainda tentava iniciar o Andebol em Estoi e no sentido de divulgar o Andebol no concelho de Faro, visto não haver nenhum Clube a praticar/competir a modalidade.
Nessa altura estava dando Iniciação Desportiva ás crianças da Escola Primária de Estoi, mas sem qualquer qualificação. Com a ideia do Sr. João Estrela formar mais equipas de Andebol e participar em competições, incentivou-me a tirar Cursos de Treinador de Andebol.
Estes contactos tiveram inicio na época 2006/2007 nos Jograis António Aleixo por ser um Clube com tradição e História no Andebol, mas como o Clube na altura tinha todos os meios (Humanos e Monetários) canalizados para o Futsal, decidimos procurar outro Clube no Concelho com tradição no Andebol, surgiu-nos algumas hipóteses, tais como, a Associação Académica da Universidade do Algarve por ter uma equipa (Sénior) a participar nos campeonatos Universitários, onde nós iríamos fazer um trabalho na formação, aproximando os jovens e a população de Faro à Universidade, outra hipótese era a RAF.
Como a AAUALG era um Clube já formado e em actividade e a RAF na altura estava inactiva sem qualquer estrutura Directiva nem sede, decidimos iniciar a actividade na AAUALG , mas o Sr. João Estrela continuou a estabelecer contactos com o Sr. Ricardino Neto para uma possível reactivação da RAF.
Na época Desportiva de 2008/2009 inscrevemos cerca de 42 atletas na AAUALG e participamos nos campeonatos e taça com os escalões de Iniciados e Juvenis e alguns encontros com Infantis.
Para a época 2009/2010 por razões invocadas pela Associação Académica, que nos são alheias, tivemos que procurar outro Clube para dar continuidade ao trabalho. Como já havia a ideia de reactivar a RAF, começamos as reuniões e tivemos toda a abertura e incentivo a avançar com o projecto. Iniciamos o campeonato com muito poucas ajudas, na expectativa de com o decorrer do tempo, fossem surgindo apoios e "ajudas" e deu nisto que está aqui à vista.

- Qual a situação actual do andebol da RAF?
R: Reiniciamos o Andebol na RAF na época de 2009/2010 com cerca de 40 atletas para inscrever nos escalões de Infantis, Iniciados e Juvenis. Mas como a maior parte dos Atletas que pertenciam à Casa dos Rapazes foram Inscritos no Futebol do Farense sem termos sido informados atempadamente, ficamos praticamente sem Infantis para inscrever, não podendo participar no Campeonato desse escalão.
Inscrevemos sim os Iniciados, muito poucos, ficando limitados porque também contávamos com alguns Infantis. No inicio do campeonato de Iniciados alguns jogadores foram castigados pelos pais e proibidos de continuar por mau comportamento na Escola, que causou-nos algumas multas por numero insuficiente nos jogos e obrigou-nos a cancelar a segunda volta do Campeonato.
O escalão de Juvenis é o único a participar no Campeonato Nacional da 2ª Divisão desde o inicio até agora a participar na Fase Complementar Zona 8 , contanto com a participação dos Iniciados que continuam a treinar.

- O que poderá ser feito, na sua opinião, para a alterar?
R: Para mudar esta situação, precisávamos de uma maior participação(Atletas/Dirigentes/Empresas/Escolas/Apoios Estatais/ Espaços Desportivos,...) das pessoas de Faro.

- Qual a sua perspectiva de futuro para a RAF?
R: A minha perspectiva é que a RAF ainda tem muita força e tem tendência a voltar aos bons velhos tempos, não sei se com o Andebol, mas de certeza com outras actividades quaisquer.


Vamos apoiar a equipa de andebol juvenil...



... Amanhã às 11h


Pavilhão da Escola Afonso III em Faro


R.A.F - AC Lacobrigense




Contamos com a presença e o apoio de todos!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Boas Recordações

Recordando dois jogos, um no parque de jogos, outro à mesa do Restaurante do Cartaxo







boas recordações


boas recordações...


boas recordações








Carlos João

Hoje dia 25 de Março….
Faz dez anos em que tentamos entender o que se passou na cabeça do Carlos João.
Faz dez anos que perdemos um grande amigo.
Faz dez anos que tivemos notícia daquele acontecimento fatídico.
Faz dez anos que sentimos a dor da perda de um grande amigo.
Faz dez anos que a “vida”nos deixou mais pobres e menos felizes
Faz dez anos que somos remetidos ao passado em busca das BOAS RECORDAÇÔES

Hoje o que interessa é recordar aquele AMIGO com quem passámos momentos muito divertidos, situações caricatas, acontecimentos inesquecíveis, situações para recordar, episódios para reviver.
Este verso da Florbela Espanca reflecte o meu sentimento neste momento,

“Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!"

(Joca)

terça-feira, 23 de março de 2010

Andebol Feminino


Olá estas são algumas das atletas femininas do andebol da R.A.F..
Embora esta foto tenha sido tirada noutro clube, após a r.a.f.ter acabado, está aqui abase da equipa da RAF.
A néné guarda-redes, a natália, a paula ferreira, cris, paula das gémeas ,faltando a outra gémea, fatima e outras que ja nem me recordo o nome.
Muitas entraram e saíram, mas aqui esta a base da equipa que tantos anos fez sucesso na R.A. F. MUITAS VITORIAS!



Andebol Feminino


A EQUIPA PRINCIPAL: NÉNE; NATALIA; CRIS; PAULA FERREIRA; MENA; PAULA DAS GÉMEAS; FATIMA DAS GÉMEAS; SILVIA



segunda-feira, 22 de março de 2010

Recordando o Carlos João

Incrível como tempo passa. O João evocou aquele dia fatídico em que o Carlos João decidiu obsessivamente pôr termo à vida. São passados dez anos e a sua imagem continua bem fresquinha na nossa memória. Foram muitos anos de amizade, convivência, partilha, confidência, cumplicidade. Vivemos momentos únicos e inesquecíveis. Foram muitos anos!!!
A última vez que me comovi, que as lágrimas me vieram aos olhos, em contexto profissional, ocorreu há cerca de dois anos quando fui professor orientador de Práticas da Raquel, sua filha, uma boa aluna e, hoje, uma profissional competente, segundo sei.
No âmbito das suas Práticas a Raquel teve vários "momentos" de Prática Profissional muito bons, mas há um, em que recordo, que o seu desempenho foi tão bom que me veio à lembrança o Pai daquela menina que cresceu e seguiu as pisadas do pai (e da mãe) - Ser Professora.
Quis manifestar-lhe a minha satisfação pelo seu desempenho mas só consegui, no final da actividade, dar-lhe um abraço e dizer com a voz entrecortada pela emoção: " O teu pai se te visse hoje teria muito orgulho em ti" ao que a Raquel me repondeu meio surpresa, meio (???), "Não me faça chorar professor".
Isto é a vida...

(joca)

p.s. Arriscava-me a lançar um desafio a "todos" e todas" que tenham fotos ou "estórias" para contar, sobre o Carlos João que as enviem para publicação. Seria uma forma de revivermos "aquele" Rafeiro, dez anos após a sua morte. Seria uma pequena homenagem de quem tanto gostava de viver...

domingo, 21 de março de 2010

Carlos João



Fez agora dez anos, que todos nós fomos surpreendidos pela brutal noticia, que tinhas decidido partir, jamais terás pensado na dor que irias provocar em todos nós, foi deveras doloroso e dificilmente compreenderemos a razão de tal atitude.

Quero dizer-te que frequentemente nos vens à memória, tantos foram os momentos que passámos juntos, e muitas vezes ao virar a qualquer esquina ainda penso que te vou encontrar.

As longas caminhadas que fazíamos pelas ruas da nossa cidade, e não só, aquelas longas noites a vermos fotografias, e tu nunca mais saías do carro, aquelas jogatanas em que tu até espumavas, as sessões de variedades num qualquer bar, são intermináveis esses momentos, esta amizade que vem dos bancos de escola, consolidada pela RAF, que tu representavas sempre com todas as tuas forças, manter-se-á sempre dentro de todos nós, como eu gosto de ti meu amigo.

(João)

sábado, 20 de março de 2010

ANDEBOL FEMININO

Solicita-se a quem tenha fotografias da(s) equipa(s) de Andebol Feminino o favor de enviarem as mesmas para que as possamos publicar neste Blog.

As fotografias deverão ser enviadas para:

Obrigado

"RAFeiros"

Realmente...a Amizade era um Facto

...porque estas fotografias são de um grupo de amigos que acampavam e se divertiam juntos. Mas também, juntos, souberam organizar-se e proporcionar, dentro dos seus conhecimentos e principalmente da sua vontade,uma maneira de viver onde a escolha da prática de desporto era possível - com o acolhimento de ideias novas, de pôr em prática ideias próprias e organizando eventos que tornavam a vida mais divertida, alegre e saudável.
E este grupo de amigos que por acaso se divertia junto é...todo da RAF!(isto foi "uns Kilitos" atrás!)


Da esquerda para a direita: Parente; Cristina; Tó-Zé; Alberto Carlos; Cabanita; Atrás: Orlando e Amália

Da esquerda para a direita: Tó-Zé; Cristina; Orlando; Cabanita; Alberto Carlos; Parente; Amália

em baixo: Orlando; Parente; Cabanita; Cristina; em cima: Tó-Zé; Amália e Alberto Carlos


Parente e Cristina

Uma evocação...

Oh Toy lembras-te dos jogos da praia, no sábado à tarde, em que nos reuníamos todos no Café Atlãntico, eu, normalmente, ia sempre no teu carro, um Dyanne branco?
Chegados lá éramos, sempre, também, da mesma equipa, Benfica!
Lembras-te, também, que quem acabava os jogos eras tu...sim tu, quando as coisas nos estavam a correr mal davas um "barranaço" lá para bem longe mas para dentro de água e... pronto acabava o jogo!
Que estejas bem, em paz!
Um braço do teu amigo Nélinho.

Ainda a saudade...


A recordação do Toy fez com que me viesse à lembrança um outro amigo, um "rafinha" que nos "deixou" quando também estava na flor da idade, o Coelho.
A vida passa, mas os momentos bons perduram na memória que não deverá ser apagada. Como poderemos esquecer um passado que faz parte de nós?



(Como não tenho nenhuma fotografia com o Coelho, com o equipamento da RAF, coloquei uma foto de quando jogámos no Farense)

Joca

sexta-feira, 19 de março de 2010

Saudade

Ao ver estas fotografias recordei... mais uma vez, o Toy esse amigo"rafeiro" que "partiu" cedo de mais.
Neste dia, que é Dia do Pai, deixo a minha singela homenagem a esse amigo, através de um excerto do poema Saudade de Fernando Pessoa

"Um dia a maioria de nós irá se separar.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora,
as descobertas que fizemos,dos sonhos que tivemos,
dos tantos risos e momentos que compartilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia,
das vésperas de finais de semana,de finais de ano,
enfim... do companheirismo vivido."

Com saudade e amizade,
joca

Campo do Lethes - Ainda a limpeza e construção do parque...

Mais umas fotografias que nos permitem lembrar momentos do trabalho de limpeza dos terrenos anexos à Cruz Vermelha-Faro.







E um obrigada à Eduarda do Vale Vargues que permitiu esta partilha de lembranças ao ceder estas fotos para colocar no blog da RAF

segunda-feira, 15 de março de 2010

EM FARO JÁ ACONTECEU...

A RAF organizou em Faro no dia 3 de Maio de 1975 uma prova de Marcha (da qual temos a fotografia enviada pelo Hélio Rolão) da qual dá conto o “Impulso” nº2 de Junho de 1975 e cujo texto se pode ler nas imagens abaixo.


(clique nas imagens para ampliar)





Prova de Marcha organizada pela RAF

(carregar na imagem para ampliar)
Prova de Marcha, por nós oranizada, em que participei representando a RAF e onde se vê também de costas Alberto Carlos, como juiz.

(Hélio Rolão)

RAF - Internacional

(carregar na imagem para ampliar)

Nesta foto momento de lazer entre os Jogos e as refeições, numa representação da cidade de Faro, numa organização (Sr.Galino)
Entre Huelva/Faro, com a RAF a representar a cidade de Faro em várias modalidades desportivas no complexo Ciudad Deportiva de Huelva.

Podemos ver aqui : Gião, Hélio, Carlos Figueira, Emanuel, Gordinho, José Emilio, Toy, Tó-Zé, Luis Figueira, Alcanena e João Mateus.
(Hélio Rolão)

Futebol - RAF


Uma Equipa de futebol, num torneio em Estói, data ?, Finalista vencido.
Em Cima : Da esquerda para a direita : Joca, Balela, Dino, Amália, Gordinho e Larguito
Em Baixo : Chumbinho, Hélio, Tó-Zé Mateus, Carlos João, Cachola e Toninho



(Hélio Rolão)

domingo, 14 de março de 2010

Hélio Rolão quis partilhar "belos momentos de camaradagem" de um "grupo de malta RAF, Real Amizade Farense" de que sempre gostou fez e faz parte como o próprio refere na mensagem que acompanha estas fotos que nos enviou.

(clique na imagem para ampliar)


(Três RAFeiros - 20/12/2004)



Obrigada Hélio.

sábado, 13 de março de 2010

A alegria de uma SEDE...em 1976

Como se pode ver mais abaixo, neste blog, existiu um jornal editado pela Real Amizade Farense – O IMPULSO – e no seu segundo ano de edição, o nº 4 editado em Janeiro de 76 tinha a página 10 dedicada à SEDE. Sede que encheu de alegria todos os elementos da RAF, que permitiu sonhar com o crescimento da mesma, que motivou mais ainda para o trabalho e a participação os seus fundadores. E também inspirou estas linhas que transcrevo abaixo, não sem antes relembrar que a RAF de hoje sonha e trabalha por uma Sede, exactamente com os mesmos objectivos – UM LUGAR ONDE SE POSSA CRESCER, PLANEAR, DISCUTIR E AVANÇAR PARA A PRÁTICA TRANSFORMANDO OS PROJECTOS EM REALIDADE.
(clique na imagem para ampliar)
(para evitar dificuldades na leitura, aqui vai o texto):
"FINALMENTE, A SEDE! e com ela o redobrar de esforços para que a luta travada pela RAF no desenvolvimento cultural e desportivo seja cada vez mais extensivo a toda a população. Não será mais, um local de reunião semanal onde a maior parte dos problemas não são suficientemente debatidos, é, sim, a segunda casa dos elementos da RAF, o sítio onde as horas de descanso são transformadas em horas de trabalho, trabalho que seria pesado se fosse obrigatório, mas que se torna leve graças à voluntariedade com que é produzido.
O planear, discutir, pôr em prática, passa a ser uma tarefa diária.
É o desaparecer de muitos problemas e o nascer de outros.
A sede acaba com a RAF dos 30 para ser a RAF de todos quantos dela queiram fazer parte, homens,mulheres, crianças de qualquer idade, irão agora engrandecer e multiplicar os esforços para que seja cada vez maior e mais REAL a AMIZADE FARENSE!"
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Café Atlântico, são 18 horas e a "maltinha" lá está, na esplanada, encantada por ter nascido; o "cão" já vai no 23º bolo e o Tózé na 12ª bica, enquanto a Sandy Show se esforça por compreender os outros sem que ninguém perceba o que ele está a explicar. Duas cadeiras mais adiante está o "Baía" mandando "bocas" às garotas ao mesmo tempo que executa alguns famosos números de circo, a "Loba" apalpa na "Gaiana" enquanto o Orlando vai fazendo a lista das futuras conquistas. Mais atrás, está o Toninho preenchendo Totobolas, ouvindo atentamente as opiniões do A.Carlos. Entretanto o "Stalin" acha que está muito calor e vai procurando "macacos" no nariz. Um pouco depois chega um 1275 GT defensor intransigente das "classes trabalhadoras". Com aquele fato preto o Manuel Pengalinho é tal e qual o coveiro dos filmes de "cow-boys". O "acelera" fuma nervosamente um cigarro enquanto estuda a hipótese de poder andar a 200/hora, sem bater?!!! O Bom, vai poupando nas lâminas para comprar livros e o Vidal vai-nos falando de Mao.
Entretanto já o Cachola foi à DGD, à CMF, à Cruz Vermelha, à JAE, à OPCA, falar com fulano, beltrano e sicrano, mas a coisa vai. O Nélinho quer saber se a malta se safa...e eu resolvi escrever isto, enquanto o Cabanita vai atirar pedras aos combóios na estação de Vale d'Éguas.

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VAMOS DECORAR A SEDE
O Porto já fez os planos
Fê-los à sua maneira
Duas mesas, seis barrotes
Quatro ripas de madeira
*
O Dino vai desenhar
À escala de um por cem
Vão-lhe dar o seu apoio
O Tozé e eu também
*
O Amália e o Márinho
O Carlos João e o Figueiras,
Com a ajuda do Toninho
Vão carregando as cadeiras
*
O Chico Zé e o Sequeira
O Tozé Sousa e o Nélinho
Guardam os equipamentos
Tal e qual faz o Chumbinho
*
O "Mosca" e o Manuel João
O Carlos "Porto" e o Orlando
Com gransde satisfação
Os troféus vão arrumando
*
Do "China" não me esqueci,
Do Carlinhos também não
Embora há já muito tempo
Não os veja na reunião
*
Acabo pedindo desculpa
Dos erros que cometi
E redobro essa desculpa
P'los nomes que esqueci.

Esperemos que daqui a pouco toda esta "maltinha" esteja por aí para "decorar a Sede"! ( a nova, em 2010)
e Viva a RAF!

quinta-feira, 11 de março de 2010

A propósito do blog

O blog apareceu. É uma coisa boa!
Nos primeiros tempos, como é natural, vamos recordar vivências, vamos deleitar-nos com as recordações das memórias. As que partilhamos inúmeras vezes no convívio restrito e que agora nos é permitido partilhar a um nível mais alargado. Mas passado este período de ‘deslumbramento’, ficaria muito agradado se surgissem coisas novas. Novas etapas deste recomeço que se quer continuado, novos acontecimentos interpretados por novos intervenientes. Não me parece que o revivalismo vivido neste momento traduza uma vontade de repetir a História. O que foi feito, está feito. Umas coisas boas, certamente outras menos boas, mas sempre com o sentido de servir a comunidade onde estávamos inseridos e na satisfação de fazer aquilo que gostávamos de fazer: praticar desporto e tentar atingir patamares de cultura mais elevados, atentos sempre às nossas limitações. O que me leva a escrever estas linhas foi o conteúdo do post assinado por AC que parece referir que o ‘ressurgimento’ da RAF pretenderá de algum modo retomar as acções empreendidas na altura da sua actividade nos anos 70. Nem foi esse o móbil do reaparecimento, e julgo não estar no espírito de ninguém desenvolver qualquer actividade nos moldes em que se agiu no passado. Todos sabemos que a História não se repete. A dialética exige que a roda avance, como os novos actores, os novos saberes, as novas vontades. Assim queiram os agentes da continuidade…
(Vidal)

quarta-feira, 10 de março de 2010

As nossas barracas

Não há grupo que se limite a trabalhar e deixe a brincadeira de lado... pois é, a nossa RAF não fugia à regra e, de facto, eram muitas e muitas as barracas que dávamos e em que nos metíamos que muitas vezes, ainda hoje, me deparo a rir sozinho apenas ao recordar-me delas.Agora não vou de encontro ao apelo do Vidal... adivinhem quem são os artistas?(Nelinho)

Andebol


É interessante referir, e não esquecer, que estamos em plenos anos 70 (2ª metade – pós 25 de Abril) e a RAF é claramente o produto do seu tempo. De um tempo generoso e de generosidades. Nela, provavelmente, muitos encontraram a sua forma de participação (mesmo de educação) cívica, em alternativa (ou complemento), quiçá saudável, à militância política. Ao ser produto de um tempo dificilmente se repetirá. Hoje “as generosidades” são outras e canalizadas de modo diferente. Não são melhores nem piores. São diferentes. Por isso será difícil voltar a reeditar, os momentos, os prazeres, os empenhos, as verdades. Posso dizer que cheguei a Faro há trinta e poucos anos e, inserido num tipo de participação social e cívica completamente diferente, sempre convivi com quem instintivamente cria que ser da RAF era sinónimo de qualidade, garantia de integridade, sinónimo de verdade. Acredito que sim, mas para mim ser da RAF era ser jovem, de uma determinada geração, num determinado espaço geográfico e cultural e, curiosamente … era ser generoso e divertido! Para quem está de fora, não virão lágrimas aos olhos nem tremerá a voz ao falar de gente, lugares e factos que se albergam nesse chapéu colectivo da RAF. Mas também aqui rendo uma homenagem a essa jovem generosidade, a essa construção de um divertimento e de uma certa forma de estar na vida. Não acredito que consigam repetir o passado. Ele já não existe. Acredito que respeitando o tempo e os jovens de hoje têm uma grande oportunidade de cumprir o dever de lhes transmitir aquilo que sempre vi em Vós. Uma generosidade, ingénua, divertida e de um humor refinado - prova evidente de inteligência colectiva. Cumpram então agora a vossa missão. Sejam capazes de construir futuro e passar o testemunho.
AC

terça-feira, 9 de março de 2010

O IMPULSO- 1º Jornal da RAF






























Este "precioso" documento, esta "relíquia" da História da RAF foi enviadas pelo nosso amigo Cachola.Corresponde às duas primeiras páginas nº 1 do IMPULSO.
O IMPULSO era o "jornal" da RAF. O 1º número foi publicado em Abril de 1975.
É nossa intenção ir publicando aqui, todas as páginas que nos forem chegando.
Como se pode verificar, já nessa altura era nossa intenção ter uma acção pedagógica e de intervenção, fortemente influenciada pelos ventos da revolução de 1974. Depois disso muitas coisas mudaram, mas na sua essência penso que continuamos "orientados" pelos mesmos princípios de acção sociodesportiva e cultural. Vamos, neste blog, criar um Novo Impulso e tentar manter a mesma linha, ou seja, ajudar a fomentar a formação desportiva e, simultaneamente, intervir na dinâmica da nossa cidade - FARO.


(João Mateus)



segunda-feira, 8 de março de 2010

Porque hoje é 8 de março, é oportuno lembrar:

Nos primeiros tempos da RAF, mormente no tempo da sua afirmação enquanto estrutura desportiva e social, as mulheres estiveram arredadas. Eramos um grupo essencialmente masculino, com poucas sócias (geralmente familiares) e as equipas eram todas do desporto masculino.
Também os 'dirigentes' eram todos bons rapazes. Foi assim durante alguns anos, até que ELAS emergiram e foram tomando posições de destaque. O facto que vou relatar, deve ter acontecido na passagem do ano de 1979/80, que foi organizada na nossa Sede. Como era norma em tudo o que organizávamos, tinhamos de contar 'com as nossa próprias forças', como era entendimento comum na altura. Fui destacado para a cozinha, o que, aliás, também era comum. Foi no decorrer do convívio próprio da festividade que se comemorava, que as jovens da equipa de andebol feminino desse tempo me brindaram com estes versos que vou transcrever:

"Todo ele atarefado
olha a sopa Vidal
não te esqueças do assado
cuidado, olha o sal

Mas que rico cheirinho
vem ali daquele lado
estou desejando provar
mas que rico cozinhado

olha-me este cozinheiro
ele é tão intelectual
um homem assim a perder-se
como cozinheiro afinal

Mas são coisas da vida
e a cozinha Vidal
às vezes também tem falta
de um tipo intelectual

Vidal

Lugar aos mais novos...

Nesta rubrica "lugar aos mais novos" vamos dar a conhecer uma das novas Rafinhas, de nome Inês, filha da Élia, sobrinha do Jorge Parente

P- Quem é a Inês Parente Cadillon?
R-Eu sou a Inês Parente Cadillon, tenho 26 anos e nasci em Faro. Sou licenciada em Educação Social pela Universidade do Algarve desde Julho de 2009.
P- Como é a RAF aparece na sua vida?
R-A RAF não aparece na minha vida, penso que já nasci rodeada pela RAF. Alguns dos meus familiares mais próximos são sócios da RAF. Desde sempre que me lembro de no meio de qualquer conversa a RAF, as suas instalações (a antiga sede e o campo de jogos do Lethes) entrarem, primeiro como ponto de referência para localizar algum sitio acabando por se tornar no tema de conversa através das histórias relembradas pelos presentes.
P-Sabemos que és co-autora do blog. Como é que isso aconteceu?
R-Como já referi cresci com a presença das memórias da RAF e quando através de um dos seus elementos fiquei a saber da vontade de a fazer renascer tentei ficar informada sobre como se iria fazer. A ideia de criar um Blog onde fosse possível noticiar o que acontece actualmente com a RAF, mas principalmente criar um espaço onde fosse possível todos contarem as suas “memórias” quer através de textos quer de fotografias lançando um desafio para que o façam e assim partilhem estórias de uma AMIZADE que deu nome a um clube – desportivo e cultural e assim criar um “arquivo” de relatos que compõem uma bonita história que deverá ser organizada e guardada para memória futura de gerações que virão.Ficará então documentada, e bem, com a contribuição de todos que tenham nos álbuns pessoais fotos que ilustrem as suas palavras de modo a que estas fiquem disponíveis para poder ser relembrada ou para a quem como eu, a queira conhecer.
P- Qual a tua perspectiva de futuro para a RAF?
R-A RAF deverá renascer não só na vertente desportiva, mas também na sua vertente cultural e social. Penso que será possível a dinamização de acções de formação, tertúlias, acções esporádicas e/ou permanentes de voluntariado, projectos inter-geracionais, passeios pedestres e de bicicleta para “atletas” com condição física mais limitada e assim promover também a saúde e o convívio entre pessoas, para além das actividades desportivas de competição. Prevejo que desde que exista “força de vontade” a RAF se poderá tornar numa instituição dinâmica quer na vertente desportiva quer na sociocultural. Precisamos de um “poiso” para que tudo se possa organizar e juntar as pessoas em torno de um ideal comum. É necessário um lugar fixo onde cada um se possa dirigir a fim de participar nas actividades que poderemos desenvolver.
P- A RAF era sobretudo um grupo masculino. Mas houve um tempo que em que tivemos uma equipa feminina de andebol. Como é que a RAF pode ser no feminino?
R-No que diz respeito à equipa feminina de andebol não tenho informação, embora agora através do blog tenha sabido pelas palavras da guarda-redes Néné que foram uma equipa de eleição com muitas vitórias e onde o espírito evidenciado por todas as referências ao modo de interagir entre os seus elementos (amizade, camaradagem e respeito como base e principio de tudo) TAMBÉM SE FEZ SENTIR NESSE NÚCLEO FEMININO DE TAL MODO QUE AS PALAVRAS DESSA ANTIGA ATLETA ESTÃO EM UNÍSSONO COM TODAS AS PRESENTES NOS OUTROS COMENTÁRIOS. PARECE EVIDENTE E INCONTESTÁVEL QUE
Realmente a Amizade era a pedra fundamental deste clube de Faro.
A partir deste "renascimento" espero e pretendo trabalhar para que a vertente cultural e social sejam uma realidade e que todos os projectos que possamos levar a cabo, desde que tenhamos um local de partida para centralizar essas actividades tenham uma componente feminina de peso na construção e passagem à prática desses mesmos projectos que passarão pelas necessidades apresentadas e/ou sugeridas pelas pessoas que acreditem encontrar na RAF uma instituição com a força e a vontade suficiente para as tornar realidade e criar um pólo onde os sonhos encontrem terreno fértil para crescer com qualidade e sem dispersão e que acreditem ser a RAF uma instituição capaz de criar e provocar mudança dando corpo e sede a essa vontade de construir algo de melhor para Faro. Tanto homens como mulheres somos capazes disso (e em conjunto ainda melhor). Mas poderão ser estas actividades, organizadas, a par do desporto onde as mulheres também têm o seu lugar que penso que mais uma vez a RAF, e agora a falar no feminino, fará a diferença com o seu selo de qualidade e humanização, a par de todos os outros sentimentos nobres que a definem e a norteiam. Pois, a Ética tem muito a ver com tudo isto, e pondo ao dispor desta Instituição o que por formação aprendi, porei também a humildade de aprender tudo o que o contacto com a experiência demonstrada por todos os que já conheci, me proporcionar e tentarei aplicar no Feminino e no Masculino.

domingo, 7 de março de 2010

A propósito do dia 8 de Março... Dia Internacional da Mulher

Amanhã, é…Dia da Mulher, data instituída pela ONU, em 1977, para comemorar o Dia Internacional da Mulher em memória de uma greve levada a efeito, em1857, por operárias de uma fábrica de tecidos, em Nova Iorque. Esse grupo de mulheres ocupou a fábrica e reivindicou melhores condições de trabalho, redução na carga diária de trabalho para dez horas, quando trabalhavam 16 horas por dia e equiparação de salários com os homens, já que recebiam cerca de um terço do salário dos homens.
O Dia da Mulher parece servir não só para comemorar, esse acontecimento, como servir de pretexto para que os media falem da data e os políticos discursem sobre "a coisa".
Eu, não sou apologista deste tipo de comemorações, a exemplo do dia dos namorados, dia do pai, dia da mãe…sobretudo, por estes dias se tornarem mais um pretexto para que os namorados, os maridos, os homens se entreguem a uma corrida desenfreada ao consumo.
São os presentes, os ramos de flor, os bombons, a marcação do jantar no restaurante mais “in”, ou então, são as discotecas com os ladie`s night, ou as sessões de striptease masculino, em que, algumas mulheres, uma vez no ano, acabam por imitar os homens.
E não gosto deste tipo de comemorações, que me irritam profundamente, porque qualquer dia, qualquer fim de semana, é uma boa data para oferecer flores, para comer bombons, para ir a um restaurante, para ir à discoteca e porque não assistir a uma sessão de striptease, se isso lhe(s) dá prazer. Qualquer dia, qualquer data do ano, será uma excelente oportunidade de fazer alguma coisa diferente, de haver uma atenção especial, um carinho, o que quer que seja…não é preciso esperar pelo 8 de Março.Estas são as razões porque não gosto muito deste tipo de comemorações.
Mas acho que o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, como efeméride, será uma forma de homenagear as 130 mulheres que, em 1857, terão morrido carbonizadas em defesa dos seus direitos de operárias fabris.
Certamente que todos os dias deverão ser importantes para que tenhamos presente que há mulheres que continuam a sofrer mais que os homens com o desemprego, com o trabalho precário, que há mulheres que continuam a ser vítimas de violência doméstica, há mulheres que são vítimas de discriminação nos seus empregos, há mulheres vítimas da guerra, há mulheres que continuam a não ter acesso à educação e à cultura.
Todos os dias serão importantes para relembrar que Todos e Todas temos o dever de denunciar todas as situações de injustiça, que Todos e Todas devemos dar o nosso contributo para erradicar, de uma sociedade que se pretende democrática, todas as formas de exclusão, seja sexismo, racismo, xenofobia.
Saudações "rafeiras", joca

Mulheres da RAF

Comemora-se amanhã o dia Mundial da Mulher, e embora não seja muito adepto deste tipo de comemorações, pois acho que todos os dias são iguais, e deverão ser todos, o dia da mulher, da criança, do ambiente, etc...

Mas já que assim é, quero aproveitar para homenagear as mulheres da RAF, e vou dividi-las em três categorias:

1º - Aquelas que nos geraram, que nos pariram, que nos criaram, que nos amaram como ninguém e que fizeram de nós muito daquilo que somos hoje: - AS NOSSAS MÃES.

Para todas elas, a nossa maior homenagem, e dizer-lhes que as AMAMOS MUITO.

2º - Aquelas por quem nos apaixonámos, formamos familia, que nos aturaram ao longo de todos estes anos, que foram tantas vezes preteridas pelo grupo, mas que estiveram sempre do nosso lado e prontas a colaborar connosco, também uma só palavra, AMO-TE.

3º - Por fim, aquelas meninas que entraram para o grupo, e que nós, os mais velhos, não lhes deram o real valor que mereciam e que agora posso verificar que têm um sentimento tão forte pela RAF, quanto nós, uma só palavra, OBRIGADO.

E para terminar não posso deixar de agradecer a uma menina, que não tendo vivido os anos da RAF, parece estar embuída também deste espírito, e a ela se deve a construção deste espaço: - OBRIGADO INÊS.

Para todas as mulheres que estiveram com a RAF, que estão com a RAF, e que irão estar com a RAF, um abraço do tamanho deste sentimento, que é ilimitado.

João Mateus

A história da RAF também se faz de Andebol Feminino

Olá sou a Nélia antiga jogadora de andebol da R.A.F. mais conhecida pela guarda-redes Néné, 1º e única foi com imensa satisfação que soube hoje da boca do meu treinador, (João Alcanena) a reactivação do nosso club do coração onde aprendi a ser jogadora e recolhi muitas amizades lá dentro, recordo muitos joelhos aleijados naquele campo junto a cruz vermelha e muita sapatilha gasta, mas não me arrependo de nada pois foi onde passei grande parte da minha infância e onde fiz mais amizades. Guardo com muito gosto e satisfação todas as vitórias que ali tive e acima de tudo a camaradagem que ali se vivia. Grande club, grandes amigas e para agradecer ao nosso treinador que muito passou para nos por em forma com grande força para sermos as melhores e conseguimos, tinhamos um grupo de jogadoras muito unidas, durante anos sempre as mesmas embora entrassem novas mas o grupo foi sempre o mesmo desde juvenis até seniores, sem duvida que foi a minha melhor altura que passei adorava jogar, hoje já com 45 anos recordo com muita vontade de voltar a velas todas, para recordar os bons e velhos tempos que juntas passamos.
Bom vou ver se tenho algumas fotos para vos mandar afinal também fizemos história no andebol feminino. Força vamos para a frente tou cá para ajudar.
Guarda-redes (NÉNÉ)

Ainda a propósito do parque do Lethes...

Tanto trabalho, tanta canseira, tanto sacrifício...tranformámos uma LIXEIRA "atolhada até ao pescoço" num parque onde praticámos desporto de dia e de NOITE, realizámos, nele, como dizes João, e muito bem, vários eventos culturais e desportivos...agora, depois de nos desalojarem segundo critérios individualistas e que contrariam o viver em sociedade e reclamando únicamente o direito de "posse" e quando aquela área esteve adandonada durante anos e anos servindo de lixeira como já referi deu lugar a um estacionamento de automóveis, lindo!
Lembro também que na altura éramos"comunistas" e neste momento quem lá estaciona em cima de placa de cimento construída com bastante suor e destinada a outros feitos é o quê?
Na nossa querida cidade houve já variadíssimas mudanças de pelouros autárquicos e que se conste, por enquanto, ainda não surgiu, em qualquer reunião camarária ou mesmo em assembleia municipal, uma voz de homem ou mulher que levantasse esta questão:Quem é que transformou aquele espaço, ali na Cruz Vermelha, onde outrora rolava saúde e agora rolam o meu carro e os vossos?
(Nelinho)

sábado, 6 de março de 2010

RAF



Real Amizade Farense, esta denominação tem algo de mágico, para algumas dezenas de pessoas que nasceram e se fizeram homens nesta cidade que amamos demais. O criador deste nome (que eu não sei quem foi) encaixou perfeitamente o nome com o espírito deste grupo.
Estas fotografias confirmam em absoluto essse espírito, a determinação e a vontade que existia (e existe) dentro de todos nós, em fazer qualquer coisa em prol da nossa cidade, mesmos que tivessemos que quebrar regras existentes nessa altura.
Na primeira fotografia os Rafeiros em acção. Juntei esta segunda, para demonstrar, que dalguma forma transmitimos esse espírito, e estes três miudos, que não sei quem são, apareciam, e também queriam participar na reconstrução do parque. (actualmente seríamos acusados de exploração infantil).
Este grupo de "moços", originários de vários bairros da cidade, desafiaram algumas forças da cidade, neste caso, a Cruz Vermelha, que nos acusavam de comunistas e de ocupações selvagens, e pegaram em pás e picaretas transformando aquele espaço, que nos tempos dos nossos pais já tinha sido um magnifico espaço de lazer, retirando dali toneladas de lixo e entulho, reconstruindo um novo parque onde realizamos vários(muitos) eventos culturais e desportivos. Mais tarde perderíamos de novo a gestão do parque, a favor da Cruz Vermelha que o transformou num magnifico parque de estacionamento para alguns senhores.
Quero aproveitar para me dirigir a todos os "Rafeiros" e amigos, para que acreditem que ainda é possível reavivar este espírito, algumas qualidades que eventualmente perdemos ao longo deste tempo em que estivemos parados, terão sido transformadas noutro tipo de qualidades, porventura bem melhores do que aquelas de outros tempos. Mantenham-se atentos, vão dizendo qualquer coisa para termos a certeza que estão por aí, porque nós contamos com todos.
Este espaço destina-se a que nos juntemos de novo, possamos recordar o passado para nos projectarmos no futuro.
Eu cá estarei, e sempre que tiver algo de novo, vou informando.
João (Abinhas)

sexta-feira, 5 de março de 2010

O Nelinho disse...

Concordo com o João mas também para lembrar que o Tózé(Loba) fazia parte dos tais líderes naturais de que falava o Joca, como o Carlos Figueira(Sargento Salcedas), como o Vidal(Chinês)como o Júlio Cachola(Cacholinha) e havia mais de entre tantos dentro de um grupo terrívelmente unido e coeso mas a sua aceitação sempre foi também natural porque, de facto, o que nos movia era a grande amizade que existia entre todos o que aliás já aqui referi!
Queria, ainda, salientar que este blog começa a mexer mas que não pode parar, são necessárias mais, muitas mais participações.
Um forte abraço, mais um, a todos vocês!

almoçando com...

Estamos à mesa com o Tó-Zé, vamos inicar uma nova rubrica de entrevista

P: Quem é o Tó-Zé?
R: António José Mateus, 61 anos de idade, reformado, pai de dois filhos, casado, residente nas Gambelas. Filho de Faro, um cidadão comum, simpatizante do Benfica e Farense de coração, que teve o privilégio de pertencer a este grupo.
P: Tó-Zé, para ti RAF é sinónimo de quê?
R: Grupo de amigos que se uniram através do Desporto e com o objectivo de fazer algo de útil em prol da cidade.
P: O que achas do renascimento da RAF ?
R: Acho interessante, se bem que essse renascimento se devesse ter verificado de forma natural através dos nossos descendentes directos.
P:Sentes que ainda podes ser envolvido neste projecto de renascimento?
R: Sim, na perspectiva de recuperar o espírito de amizade e favorecer que nos possamos encontrar mais vezes, nem que seja à volta da mesa.

O Vidal sugeriu...

Seria útil que quando forem postas fotografias que sejam colocados os nomes de modo a identificarmos mais facilmente. são 40 anos...

quinta-feira, 4 de março de 2010

antes de ser...já era

Equipa de "malta" que viria a integrar a equipa de andebol da RAF, à excepção do Felizardo.
Estávamos no ano de 1972.
Participámos nos 1ºs Jogos Juvenis de Olhão e ganhámos na modalidade de andebol.
Constituição do grupo:
1º plano (em baixo) da esquerda para a direita: Tó-Zé "calção de cetim", Júlio Cachola, João Pereira e Carlos João.
2º plano: João Felizardo, Joca, Ricardo Gordinho, Nelinho e Fernando(?)

a propósito da crónica anterior, o Emanuel disse...

É isso Joca e já que falaste no meu nome não quero deixar de me referir ao Professor Guta.Como sabes no andebol tinha sido sempre lateral mas eis que em dada altura precisávamos de um guarda-redes, aí o Professor insistiu comigo para que o fosse.Aceitei o desafio, foi terrivel porque não tinha tido escola e esta posição é das tais mesmo específica mas tudo se superou graças ao seu conhecimento e dedicação, lembro-me que os dois passávamos horas no "nosso" Lethes(outra história para contar) resultando daqui ter andado cerca de meses com os braços não rôxos mas PRETOS...comecei, então, a ganhar sentido de baliza, colocação, confiança e de tal modo esta foi crescendo que num jogo com o Racal de Silves em Faro ao intervalo a nossa equipa tinha ZERO golos sofridos, é claro que também dei as minhas barracas mas no geral penso que desempenhei muito bem o meu papel graças e em muito ao Professor Guta, bem haja portanto e daqui lhe mando um forte abraço e dizer-lhe que ele permanecerá, sempre, na nossa mente.
(Nelinho)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ainda propósito da fotografia conjunta RAF/Benfica


Esta equipa da RAF era um grupo fantástico constituído não só pelos atletas que aparecem na fotografia, mas por alguns outros mais. Durante os nossos anos “dourados”, alguns chegavam outros ausentavam-se, por motivos vários, mas a estrutura mantinha-se. O núcleo duro estava lá. Recordo que éramos uma equipa muito solidária dentro de campo, por vezes, excessivamente agressiva que defendia muito bem. Também tivemos guarda-redes valiosos, como foi o caso do Nelinho…”Então e agora, não batem palmas?”.
Mas a imagem de marca desta equipa da RAF, seria, na minha opinião, a paixão de vencer, a competitividade que púnhamos em campo, o amor com que defendíamos aquela camisola, a “nossa” camisola, a forma como “vendíamos cara” a derrota quando ela acontecia, a capacidade de sacrifício, a alegria de vencer.
Nesta breve crónica não vou falar da equipa que jogava, vou deixar os comentários para os meus amigos, ex-colegas de equipa. Vou antes, tecer algumas considerações sobre três agentes fundamentais no sucesso de uma equipa.
Em primeiro lugar o nosso líder, o nosso treinador. Tivemos alguns. O Ricardo (Gordinho) foi um deles, tenho muito boas recordações desse tempo. Mas, também foi o “nosso” pivot, neste jogo contra o Benfica. Então, vou falar do Professor Guta, que era o nosso treinador, jovem treinador, muito bem documentado, com formação técnico-científica, bom amigo, companheiro e muito paciente connosco. Chegou a jogar a pivot, mas a sua vocação, a sua especialidade era treinar, era tentar que melhorássemos em termos individuais técnica e tacticamente para que a equipa fosse melhor colectivamente. E consegui-o, por várias vezes. Se fizemos tão boa figura contra o Paço D`Arcos, contra o Alfeite, contra o Benfica, muito do mérito tem de ser atribuído ao Guta.
Acho que a importância que o Guta atribuía à defesa, à solidez defensiva, era talvez o nosso melhor trunfo. Depois, tínhamos duas ou três jogadas combinadas que resultavam bem e o resto, o resto era improviso… e que improviso.
Caro Guta, daqui vai uma breve homenagem ao teu trabalho e uma mensagem com trinta anos de atraso, “Foste um treinador respeitado, ganhaste a nossa admiração e respeito, sobretudo, pela tua honestidade na forma como treinavas, como eras sério e franco na relação connosco, ambicioso por querer ganhar e por seres inteligente ao ponto de perceberes como era o grupo com o qual lidavas. Não impuseste o respeito, aliás tal não seria possível…ganhaste o nosso respeito, embora, por vezes, pudesse não parecer, face ao “nosso” espírito de rebeldia e falta de “atitude” no treino, que era compensada em atitude no jogo.
A minha segunda referência vai para o nosso “staff dirigente”, muito bem personificado na pessoa do Toíca, um dirigente dedicado, atento e muito responsável. Aliás, o futuro demonstrou a sua vocação para o dirigismo desportivo.
A terceira referência” the last but not the least”, vai para a excelente “massa associativa”, pequena em número mas grandiosa em apoio, incansável, ruidosa e, por vezes, indomável, o nosso 12º jogador que era a imagem da valentia, da intrepidez, próprio de quem vivia no jogo com o mesmo entusiasmo, a mesma gana de ganhar de quem estava em campo…daí o insólito de, num jogo, ainda por cima, em campo alheio, lá para as bandas de Lisboa, acontecer uma invasão de campo feita …por uma única pessoa, Grande Marinho…ai de quem se lhe atravessasse ao caminho, que ninguém se fiasse na sua aparência delicada e de bem vestir…

Esta crónica já vai longa….termino com um poema de Machado de Assis:

Por que sinto falta de você? Por quê esta saudade?
Eu não te vejo mas imagino suas expressões, sua voz, teu cheiro.
Sua amizade me faz sonhar com um carinho,
Um caminhar, a luz da lua, a beira mar.
Saudade este sentimento de vazio que me tira o sono
me fazendo sentir num triste abandono, é amizade eu sei, será amor talvez...
Só não quero perder sua amizade, esta amizade...

(joca)

Ponto alto do "nosso andebol"

(clicar na imagem para ampliar)
RAF - Benfica no Pavilhão Afonso III, quartos-final da Taça de Portugal depois de termos eliminado o Paço de Arcos, também da I divisão. Não nos podemos esquecer que competíamos na III divisão.

Malta da RAF, em cima da esquerda para a direita: Toyca, Joca, CARLOS JOÃO, Emanuel, Amália, Cabanita, Fanan. Em baixo e pela mesma ordem: Tozé, Dino, Gordinho, Baeta, Alvarinho, Marreiros.

Um grande abraço a todos.
Emanuel

terça-feira, 2 de março de 2010

a história também se fez na praia de faro...


A “nossa” história da RAF, também está associada aos memoráveis jogos de futebol na praia. Quanta competição, quanta alegria de jogar, quanto prazer, quanto gozo, quanta “gana” de ganhar, eram aqueles sábados à tarde. Cada jogo era como se a nossa vida dependesse da vitória. Então, se era Sporting / Benfica, lá estávamos lutando, brava e resistentemente por cada golo marcado, discutindo semprese foi dentro ou fora da baliza, já que os postes eram dois pequenos montículos de areia. Golo mesmo era quando a bola entrava ao meio da baliza…aí não havia discussão.
Memórias que o tempo nunca apagará.
Esta fotografia é muito significativa porque representa o último jogo que fizemos na praia; acho eu, que foi o último que nos juntámos para mais um desafio e porque foi a última vez que joguei com o nosso querido e saudoso amigo Carlos João.
Este recordar…é também uma (mais uma) homenagem a esse grande símbolo da RAF que foi o Carlos João que permanecerá para sempre nos nosso corações.

(joca)

Convite

segunda-feira, 1 de março de 2010

A propósito do desafio feito pela Inês...

Estimados amigos, gente que ainda transporta o sentimento de “ser”RAF, vamos responder ao desafio da Inês e ajudar ao futuro da RAF, dando corpo à nossa memória colectiva.
A memória de nós todos será uma fonte riquíssima de episódios significativos para todos os que amámos de corpo e alma este clube, com tudo o que ele significava para nós. Poderemos negar este apelo, quando falamos de um Clube onde alguns de nós terão vivido tempos tão felizes?
Por outro lado, neste momento da nossa vida e face às expectativas criadas a partir do (re)nascimento da RAF, talvez seja o momento de recuperarmos alguma dose de romantismo, para vivermos melhor o nosso tempo e ajudarmos a construir um futuro para a RAF.
Soren Kierkergaard filósofo dinamarquês, que viveu no século XIX proferiu esta citação "A vida só pode ser compreendida olhando para trás; mas só pode ser vivida olhando para a frente”.

(joca)