O meu comentário...ao comentário/apelo

Caro anónimo… preferia dirigir-me a uma pessoa em concreto, não a um anónimo, mas, neste caso, isso não é tão importante assim, porque o que interessa mesmo é o seu Comentário/Apelo, a sua opinião, a qual, antecipadamente saúdo, porque é sinal de inconformismo sobre a situação “de impasse em que se encontra este blog”.
Também eu comungo dessa tristeza porque também eu tive a “alegria imensa com a possibilidade de ver “renascer” a RAF”. Contudo, na minha modesta opinião, haverá vários factores que justificam este “impasse”:
1- O renascimento da RAF surgiu a partir de uma solicitação “externa” para acolher uma equipa de andebol (era mais do que uma…mas, houve uma desistência). Em favor da cidade, do desporto, do bem comum, o Dino, o João Mateus e mais alguns amigos, ficaram sensibilizados com a ideia e tudo fizeram para o processo avançar. Fizeram-se algumas reuniões, o problema da equipa era logístico e financeiro e pese a boa vontade de colaboração de todos os envolvidos, elementos da RAF, elementos do staff da equipa de andebol, em especial o seu treinador Rui Santos e a Associação de Andebol do Algarve, o problema não seria de fácil resolução em termos de projecto. Porquê? Porque o projecto do Andebol na RAF não tem sustentabilidade. Não surgiu do “interior” da RAF, os atletas não se identificam minimamente com o conceito Ser RAF, os “velhos” da RAF não se identificam com uma equipa que surgiu “espontaneamente”, uma equipa que não resultou de uma estratégia de formação desportiva. Depois, a secção não parece conseguir autonomizar-se por falta de recursos próprios, sobretudo por viver completamente “isolada” de qualquer tipo de apoio, mais, concretamente, sem qualquer relação com os pais dos atletas que os deviam acompanhar e apoiar. Não “nos” pode ser pedido que acompanhemos a equipa, que a financiemos…não tem qualquer sentido nos tempos de hoje, já fizemos isso com os nosso filhos…temos outros interesses e motivações. Como é possível esta equipa jogar e não ter “ninguém” na assistência; onde estão os pais, os amigos destes jovens andebolistas?

2- Sobre o Blog, “depois de todas as fotografias que fizeram relembrar um tempo tão bonito (…). Depois de tantos testemunhos”, é verdade, o blog tem 13 seguidores e muitas visitas, mas parece que não conseguiu estimular a participação e o comentário dos “visitantes” porque, o caro anónimo, se fizer uma análise sobre a participação irá observar que foram quase sempre as mesmas pessoas que colocaram documentos, fotos ou artigos e observará que dos 13 seguidores, muito poucos têm participado no blog. Esta constatação não tem absolutamente nada que ver com qualquer tipo de crítica, porque a participação é de quem quer participar, mais nada…mas constata-se que o objectivo do blog não está ser conseguido. Este blog da RAF devia ser um projecto assumido colectivamente e não ser… o blog de “alguns”. A meu ver, foi uma iniciativa, foi uma ideia que acreditei pudesse resultar, mas a vida é assim mesmo… algumas ideias vencem outras não, não há nenhum mal nisso…

3- Sobre o parque desportivo também tenho a minha opinião. De facto houve reuniões com Instituições, nomeadamente a Junta de Freguesia da Sé e a Câmara Municipal de Faro. Fomos muito bem recebidos. Da parte da C. M. Faro houve, de facto, abertura e disponibilidade para se encetar um projecto comum de recuperação de um espaço social e desportivo. Neste processo, mais uma vez, o João Mateus e o Dino, juntamente com o João Mateus (Jr), tiveram um papel muito activo. Estou a dar uma opinião que é só minha, porque não sei qual evolução do processo. Por razões profissionais estive ausente, durante um tempo e não tenho tido disponibilidade para me actualizar sobre este assunto. Sei que não é desculpa porque estou à distância de um simples telefonema para o meu querido amigo João Mateus, mas o que penso é que este projecto da Sede me parece muito complexo, precisamente por algumas das razões aduzidas anteriormente. Ou seja, o “renascimento” da RAF teria de ser assumido colectivamente por todos aqueles que se identificam com a RAF e têm disponibilidade física e psicológica para tal. Na verdade, muitos dos “velhos” da RAF ou estão fora da terra ou terão outras prioridades quer pessoais quer profissionais. A meu ver este processo só teria sucesso se houvesse uma adesão de gente mais jovem, antigos e antigas praticantes dos escalões mais jovens de andebol da RAF, filhos, filhas, amigos, amigas dos filhos e filhas dos “Rafeiros”, jovens que se identificassem com o modelo de RAF que visa a formação desportiva, o desenvolvimento social e cultural. O que é que isto tem que ver com a Sede? Tudo, porque a Sede seria a estrutura base da RAF e para se concretizar qualquer projecto, para além da utopia, da ideia, há um elemento fundamental, os Recursos. Sem Recursos não há projecto que avance…há cerca de três décadas atrás não tínhamos recursos financeiros, mas tínhamos excelentes recursos humanos, que éramos nós mais a nossa motivação…hoje, haverá recursos humanos, pessoas que queiram assumir este desafio???.
4- Caro anónimo termina o seu comentário dizendo que há”malta para ajudar”…ficamos à espera, o blog pode ser um bom espaço para se mostrarem.

Joca