terça-feira, 6 de julho de 2010

Reflexões

Hoje, 6 de Julho de 2010, recebi uma mensagem no telemóvel: A.G . da RAF – Alteração de Estatutos; Discussão do futuro do Parque de Jogos da Penha. No mail, a mesma mensagem…

Nos anos 80 quando maldosamente fomos despejados da Sede que originou a derrocada institucional, levámos (vou usar o plural, sem risco de ser abusivo) uma punhalada nas costas, da qual ficarão marcas para toda a vida. Da Instituição, restou a nossa RAF, aquela que nunca morrerá enquanto nós cá estivermos. Somos todos nós que nos encontramos todos os dias e que vamos falando das nossas recordações da nossa acção enquanto actores do ‘papel principal’, em que desempenhámos sempre a tarefa mais nobre, desde o vender bilhetes, fazer o petisco ou mesmo o penalty decisivo. Sem falsas modéstias fomos incomparáveis ! Ou se quiserem, apenas nos poderiamos comparar com todos os outros Grupos ou Clubes semelhantes ao nosso.

Poderia alongar muito mais este prólogo reflectivo, mas iria acabar sempre no mesmo: Nós já fizemos! E a História não se repete, como sabemos dos clássicos.

Estou a ser derrotista? Velho do Restelo? Um acabado da vida?

Quando há cerca de 3 meses fui chamado a pronunciar-me pelo ‘ressurgimento’, manifestei a minha disponibilidade de reservista. Tal como muitos outros seriamos a retaguarda segura se fossemos solicitados para ajudar no que fosse preciso…Mas passadas poucas semanas o animo dos mentores do ressurgimento esmoreceu… Os praticantes estavam em vias de desistir por vicissitudes várias… E só por intervenção externa não acabou logo ali.

E agora é-nos proposto discutir o futuro do Parque da Penha… depois de um silêncio ensurdecedor dos responsáveis camarários durante n semanas, surge agora por via indirecta discutir um plano de outros sobre o futuro de um parque de jogos (quando se fala em parque surgem recordações e a tal picada nas costas), não como resposta a um pedido expresso em tempo, mas como resguardo de uma situação crítica, oportunamente veiculada nos jornais…

Vidal Prudêncio

2 comentários:

Anónimo disse...

Boa tarde,
Todos já sabemos dos clássicos que a História não se repete…mas pode-se reescrever! A RAF, aquela que nunca morrerá enquanto o grupo de amigos que a criou e lhe deu forma se continuar a encontrar todos os dias e rememorar os feitos que lhes alegraram esses dias, há anos atrás. Mas a RAF foi um projecto tão bonito e tão importante para uma série de pessoas, anónimas, que usufruíram do que ela proporcionou que merece ser, não repetida mas continuada!
A RAF, acredito eu, a partir do momento em que ganhou vida e começou a andar deixou de ser pertença só do criador mas passou a ser do domínio de todos os que já comentaram no seu blog que “saltaram o muro para ir jogar” que se reconheceram ainda crianças pequenas nas fotos de limpeza e construção do Parque Lethes, do Zé Pintassilgo que lá praticou andebol e agora se disponibiliza para voluntariamente e dentro de um horário que não colida com o seu trabalho apoiar como massagista…(como se vê o espírito RAFeiro não morreu e não vive só nos seus fundadores mas também em pessoas que lá se formaram e admiram e respeitam o que viveram) , é também da Nélia (guarda-redes) que anuncia na sua página de Facebook que “MALTA A RAF VAI ABRIR AKI AO PÉ DA MINHA CASA. NÃO SÓ COM DESPORTO…DAREI MAIS NOTÍCIAS” do Paulo Castro que também ao ter conhecimento desta tentativa de ressurgimento se disponibilizou para “ajudar no que fôr preciso” para o andebol, a RAF é património da cidade e de todos os que anseiam por algo de “novo” no plano desportivo, cultural e social.
Com estas vontades (ainda um pouco dispersas mas que existem) parecem provar que o “ânimo dos mentores do ressurgimento” não esmoreceu e que a disponibilidade manifestada dos velhos RAFeiros para ajudar no que fosse preciso era agora bem vinda. Nem que seja para se concluir que o projecto é inviável e a partir daí decidirmos o que maior consenso reunir: parar ou…AVANÇAR!
A RAF é também do João Mateus que apresentou um esboço de recuperação do espaço de modo a rentabilizá-lo e permitir a sua utilização em diversas funcionalidades.
Os” responsáveis camarários”, segundo informação da última reunião da RAF na sede do Farense e onde eu estive presente, continuam a “contar com a RAF para a recuperação do espaço”.Em que moldes? Logo saberemos e decidiremos se será possível.
Existem pessoas, existem ideias, podem existir projectos. É só ter condições para que tudo o que existe se reúna. E eu até ao momento em que se decida que não se avança porque não temos condições acalentarei o sonho e a vontade de lutar por ele e isso permitirá que a minha consciência não me acuse de não ter tentado (re) criar algo de útil, saudável e prazeiroso para as pessoas da minha terra e consequentemente para mim. (nesta ordem)
Por motivos de saúde amanhã não deverei poder estar presente na reunião mas estou e estarei disponível para o que se julgar que possa fazer.
Élia

Emanuel disse...

Amigo Vidal - Serás derrodista, velho do restelo, acabado da vida?Não creio grande amigo!Estarás sim, no que respeita à razão dos factos e mesmo até no plano da consciência,entre Olhão e Faro digamos que nos Salgados...Eu próprio antes de ter cantado os parabéns à nossa RAF e ter comido um pouco do bolo de aniversário estava ainda em Olhão, agora penso que já vou no Rio Seco...Segunda-feira há mais não de bolo mas de reunião, de troca de idéias cara a cara e quem sabe possa chegar a Faro e oxalá te possa abraçar como sempre o faço quando te encontro.Emanuel